“Isto sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem pertence a terra.
Isto sabemos: todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.
Onde está o arvoredo? Desapareceu.
Onde está a águia? Desapareceu.
É o final da vida e o início da sobrevivência.”


Carta do chefe Seattle ao presidente dos EUA, Francis Pierce, 1885

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Conferência de Nairobi (2006)



Logotipo da Cimeira de Nairobi
         Também conhecida como Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. Nesta conferência, os principais temas debatidos foram o prolongamento do acordo estabelecido no Protocolo de Quioto até depois da meta acordada (2012), a redução de GEE’s e o incentivo particular aos desenvolvimento países africanos com impactos ambientais mínimos.

Recuperação de Áreas Degradadas

      “Designa-se por recuperação de áreas degradadas resultantes da exploração mineira um conjunto de ações que visem dotar o espaço afetado de um uso compatível com a estabilidade física e o equilíbrio ecológico e em consonância com os valores paisagísticos do meio envolvente”
      Este conceito, apresentado no manual escolar Terra, Universo de Vida – 1ª Parte Geologia, pode ser interpretado da seguinte forma:
      A recuperação de áreas degradadas consiste no aproveitamento do espaço afetado e da paisagem que o rodeia, atribuindo-lhe finalidades que conjuguem o equilíbrio ambiental (prevenir a poluição) e a estabilidade física (na medida de ser seguro ou não recuperar o espaço). Estas finalidades podem, inclusive, trazer benefícios sociais e económicos.
     Esta recuperação das áreas degradadas pode ser feita de modo a:
     - “Restaurar” o ambiente pré-existente na área afetada (com a maior aproximação possível);
    - Originar um novo ambiente que se adapte ao local degradado;
    - Converter o espaço para outra função diferente da inicial.

      Não só as áreas afetadas diretamente devem ser recuperadas, como também as zonas degradadas de forma indireta devem ser alvo de “reconstrução”.


Tipos de intervenção para recuperação de áreas degradadas
   - Estabilização dos amontoados de rejeitados (escombreiras);

   - Enchimento parcial das depressões originadas durante as escavações para a exploração dos minérios; 
 Preenchimento das escavações com terra, originando na sua maioria parques de lazer

  Preenchimento das escavações com água, criando lagoas ou pequenos lagos
   - Criação de um sistema de drenagem das águas pluviais;
  - Revegetação das áreas afetadas com as espécies pré-existentes (permitindo a reutilização destas florestas para produção);
   - Outro tipo de projetos, conforme o espaço que se pretende recuperar, a finalidade que se lhe pretende dar , os recursos económicos e tecnológicos disponíveis e a originalidade dos responsáveis.


Vantagens
→ Vantagens Socioeconómicas
  - A área recuperada pode permitir a criação de postos de trabalho;
  - A recuperação da área degradada pode ter uma finalidade turística e/ou de lazer;
  - O término da atividade económica anteriormente levada a cabo na área degradada pode ter efeitos económicos positivos (por exemplo, se uma exploração mineira não dava lucros e provocava endividamento, a insolvência da empresa pode ser a melhor solução. Posteriormente, a área degradada resultante da atividade da empresa pode ser alvo de recuperação).


→ Vantagens Ecológicas
  - A recuperação da área afetada permite a extinção ou redução da amplitude dos impactos ambientais (na atmosfera, hidrosfera ou solo) provocados pela(s) atividade(s) aí realizada(s).
 - Outros resultados ambientais podem advir dos acima referidos (ou seja, efeitos positivos indiretos), tornando-se todas estas vantagens numa complexa rede que demonstra que a poluição provocada pela atividade anterior tinha um alcance maior do que o pensado inicialmente.

domingo, 13 de novembro de 2011

Exemplos de Recuperação de Áreas Degradadas

      Exemplos a nível internacional

     - Transformação de uma pedreira de argila numa zona de lazer, conjugando ainda uma requalificação ambiental e desenvolvimento de um novo ecossistema (Toronto, Canadá).



    - Conversão de uma pedreira de areia e gravilha numa área de cultivo de vinha. Esta recuperação ganhou um prémio internacional UEPG Restoration Awards em 1999 (La Rioja).




Exemplos em Portugal

    - Conversão de uma exploração de saibro numa zona de lazer perto de um rio (Sintra).



    - Revegetação da área de exploração minéria (Arouca).


    - Construção do Estádio de Braga numa antiga pedreira (Braga).

Cimeira de Copenhaga (2009)


Logotipo Cimeira de Copenhaga
       Na reunião da ONU dos ministros do Ambiente, o principal objetivo a alcançar era a preparação de um acordo que viesse substituir o Protocolo de Quioto, quando este atingisse o seu limite (2012). Uma das principais polémicas nesta conferência foi o facto de países em desenvolvimento, como a China ou a Índia, reclamarem o direito a uma menor redução de GEE’s (devido ao seu crescimento económico) e países desenvolvidos, como os EUA, instalarem as suas indústrias em países subdesenvolvidos (pelo que, tecnicamente, as emissões pertencem a esses países pobres). Neste Acordo de Copenhaga definiu-se um limite de 2 graus Celsius no máximo para o aumento da temperatura média do planeta Terra.

Filmes relacionados com esta Cimeira:

Conferência de Montreal (2005)



Logotipo da CVimeira de Montreal
        Representantes de ONG’s e de governos de cerca de 189 países reuniram-se, sendo o principal ponto desta Conferência a consolidação do Protocolo de Quioto, para a sua progressão até 2012. Os EUA continuaram a recusar em aceder ao Protocolo, concordando apenas em deliberar e manter o contacto com os países signatários.

Cimeira de Joanesburgo (2002)


Logotipo da Cimeira de Joanesburgo
       Foi realizada a fim de promover o equilíbrio do planeta, (isto é, recorrendo às energias renováveis e à “atitude verde”, na qual os custos do impacto ambiental causado por uma determinada atividade económica são pagos pelos cidadãos). Aqui foram gerados dois importantes documentos: a Declaração de Joanesburgo do Desenvolvimento Sustentável (incentivando ao desenvolvimento sustentável) e o Plano de Implementação (onde os países se comprometiam a alcançar numerosos objetivos, entre os quais a erradicação da pobreza, a modificação dos modelos de consumo e produção e a proteção dos recursos naturais).

Cimeira de Quioto (1997)

      Outra conferência mundial realizada pela ONU, tratou novamente das emissões de CO2, o efeito de estufa e consequente aquecimento global. Para fazer frente a este problema, foi redigido e assinado por 175 países o Protocolo de Quioto, que determinava a redução de GEE’s em 5% (valor médio) a nível global, até 2012. Relativamente a Portugal, a nossa nação só aderiu ao Protocolo em 2002, ficando comprometido a não ultrapassar 27% das emissões efetuadas na década de 90, até 2012. Infelizmente, os resultados não têm sido alcançados. Por exemplo, em 2002, o valor da emissão de GEE foi de cerca de 41% (14 pontos percentuais acima do valor acordado).


Mapa do Protocolo de Kyoto em 2009
Legenda : 
Verde : Países que corrigiram o protocolo.
Azul : Países que não corrigiram o protocolo. 
Cinzento : Países que não assumiram nenhuma posição perante o protocolo.


Cumprir o Protocolo de Quioto pode ser determinante para o futuro do nosso planeta.